Eu estava em Maceió, a serviço. Num bar, no centro da cidade, encontrei a mulher que procurava: bonita, inteligente e liberal, com toda a capacidade de me levantar o moral, abalado por uma recente desilusão amorosa. Era linda: seu nome, Ângela. Com singular meiguice, ela se aproximou de mim e perguntou por que eu estava cabisbaixo, em meio àquele clima de euforia.
Convidei-a a sentar-se á minha mesa e trocamos idéias até sentirmos que nos identificávamos. Depois, fomos dar um passeio de carro pela orla marítima, paramos na praia de Jatiúca, no lugar que dizem para os turistas chamar-se Canoa Quebrada. Ângela usava um vestido fino, que evidenciava suas formas.
De repente, me vi alisando seu lindo e macio par de coxas, sem que Ângela resistisse. Apenas advertiu que transar no desconforto de um carro é coisa para adolescentes. No entanto, o envolvimento do cenário nos encorajou a uma mútua masturbação.
Isto foi o início de uma maratona sexual. Daí, rumamos para um motel, entre beijos e bolinações. Ao chegarmos, fomos direto para o banheiro, e Ângela iniciou um strip-tease alucinante. Foi a gota d´água: fiquei extasiado; todo aquele corpo seria meu! Parti para cima, porém ela, toda molhadinha, exigiu que eu a enxugasse; mas - advertiu: -Nada de toalhas.
Deveríamos nos secar apenas com a boca. É incrível como, nessas horas, só precisamos da boca para estimular e dos ouvidos para escutar gemidos e palavras de amor. Quando alcancei o clitóris de minha parceira, ouvi um gemido tão profundo que pensei que ela fosse desfalecer; pois, neste instante, ela explodiu num gozo louco, a ponto de morder-me o falo, enterrado na sua garganta.
Eu gozei dois minutos depois, vendo a felicidade estampada em seu rosto. Então, ela levantou-se subitamente e passou a cavalgar-me com todo o ímpeto, como uma verdadeira amazonas. Eu me mantinha estático, atormentado pela estreiteza de sua vagina e receoso de gozar antes dela.
Tive tempo apenas para abocanhar-lhe um dos seios, manusear-lhe o outro e massagear-lhe brevemente as nádegas. Não agüentei mais... Detonei o canhão, simultaneamente com a última aterrissagem de seu corpo sobre o meu. Desta vez, gozamos juntos, com uma precisão uma precisão perfeita. Enquanto Ângela tomava uma ducha, planejei levá-la ao melhor motel da região, o Tahiti.
Pedi que vestisse rapidamente, pretextando que a levaria para o seu hotel. Recompostos, saímos; segui por um caminho totalmente diferente. Ela não se surpreendeu, demonstrando confiança em mim. Quando chegamos, fomos fazer uma hidromassagem, que ressuscita qualquer defunto. Caímos n´água, enlaçamo-nos e nem foi preciso nos mexermos. A posição em que ficamos eu não sei descrever; só me lembro de que, para pararmos de gozar, foi necessário desligar o interruptor da piscina.
Depois, pedimos um jantar à base de carne-de-sol. Na bandeja veio até manteiga em garrafa, que se derretia ao contato coma carne tépida. Não, pensei em imitarmos o casal do Ultimo Tango. Nem precisamos estimularmo-nos com a fita porno-erótica do videocassete. Já conhecíamos todas aquelas posições. Cabia-nos inovar na matéria.
Quase, mas não totalmente extenuados, iniciamos uma nova série de carícias. Ângela, mestre na arte, conseguia excitar-me facilmente. E, para deixá-la em ponto de bala, novamente recorri ao meu maior artifício; colei de leve a boca ao seu pescoço e, aspirando e expirando ritmadamente, senti que seu pêlos da nuca eriçavam-se, no mesmo compasso; repeti a operação na sua orelha e num dos seios e - é óbvio - a tive novamente entre a cama e as nuvens.
Dei a volta para sugar-lhe as costas e, sem querer (acreditem?), marquei o melhor cartão da minha vida. Ângela ficou, a principio, receosa, mas depois, decididamente murmurou: Já é tempo de experimentar a única coisa que ainda não conheço. Sinal verde, portanto. Não precisei de nenhum aditivo, pois as minhas glândulas produtoras de muco lubrificante não paravam de funcionar; desbravei aquele tesouro, com a ajuda da sua sensualidade, ficando provado para nós que, quando há interação física e espiritual, até a dor desaparece ou, quando não, serve até de tempero.
Gozamos como dois condenados, como se aquela fosse a última ceia do enforcado. Era muito tarde, ou talvez muito cedo, quando nos separamos; porém, combinamos: na próxima vez em que nos encontrarmos, se é que isto vai acontecer, reservaremos um tempinho para fazer amor na Praça dos Martírios, defronte ao palácio do mesmo nome. Enfim, deixei-a no Hotel Beiriz, em cujo saguão a vi pela última vez.
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