Uma fantasia imensa envolve a primeira experiência sexual de homens e mulheres. Já falaram tanto a respeito do assunto, para o bem e para o mal, que até me pareceu um pouco vulgar tratar desse tema. Mas acabei achando que valia a pena escrever, pois a história que se segue é a da minha própria primeira vez, quando eu – já meio atrasado – tinha 17 anos.
No meu caso, a primeira vez foi uma experiência muito prazerosa e divertida. Primeiro porque não transei nem com uma prostituta nem com a empregada (não tenho qualquer preconceito com essas duas personagens, mas é que elas já fazem parte do imaginário da primeira vez de um garoto) e, segundo, porque – escapando de um problema comum dos garotos – não tive ejaculação precoce.
Bom, a história começa pelo começo, isto é, pelo primeiro encontro que tive com a menina que iria me dar o pioneiro prazer sexual. Não vou dizer o nome dela, como, aliás, escondo minha identidade, para preservar nossos pudores intactos. A verdade é que conheci a garota no carnaval do ano passado, quando ficamos juntos, apenas nos amassos.
Nesse dia já ocorreu uma história engraçada. Como a menina estava acompanhada dos irmãos chatos, combinei com ela de eu ir até a esquina a fim de esperá-la, até que ela conseguisse escapar dos irmãos guarda-costas. Quando virei à rua, aproveitei para tirar aquela água do joelho, já que tinha tomado várias cervejas durante a noite. Não é que a menina me aparece, quando eu estava lá, todo e todo, com o camarada pra fora da bermuda?
É certo que eu estava de costas, mas a situação embaraçosa era inevitável. Disfarcei um pouco, pensando que ela fosse embora depois de me ver naquela situação. Mas acabou esperando que eu terminasse o ato, para em seguida ficarmos juntos numa boa.
Depois desse primeiro encontro, combinamos de sair mais umas vezes, no shopping e no cinema, e os amassos foram pouco a pouco evoluindo. Quando chegou o mês de maio, acontecia em minha cidade uma série de shows de grandes artistas nacionais, como Raimundos, Zezé de Camargo e Luciano, Titãs, Chiclete com Banana e outros. Detesto-os.
Combinamos, eu e a garota (que tinha 20 anos) de nos encontrarmos novamente. Dessa vez, os beijos e abraços avançaram um pouquinho mais, e o tesão já não conseguia esperar. Senti que minha primeira vez estava prestes a acontecer. Então, o problema passou a ser arranjar um lugar onde a minha noite inesquecível pudesse ser devidamente concretizada.
Foi aí que me lembrei de uma casa da qual eu tinha acabado de me mudar, que estava desocupada. E o melhor ficava perto do local onde os shows estavam acontecendo. Quando acabou o espetáculo daquela noite, saímos de fininho para cometermos o crime. Quando já estávamos no meio do caminho até a minha antiga casa, nos demos conta de um detalhe ao mesmo tempo estúpido e importante: não tínhamos camisinha. E, de comum acordo, não iria rolar sexo se não fosse com proteção.
O problema é que, naquele horário, não tinha nenhumazinha farmácia aberta nas imediações. A solução? Numa primeira tentativa, pedi que ela esperasse um pouco e fui abordando casais de namorados e uns caras que iam passando pela rua:
- Ô, é o seguinte, to com um probleminha. Será que você não tem uma camisinha para me arrumar?
Mas ninguém tinha! Fiquei impressionado com a incompetência daquele pessoal. Não vinham que era um caso de vida ou morte? Uma questão de ser ou não ser mais virgem?
Outro meio que usamos para conseguir a camisinha (e que, ufa, deu certo) foi eu entrar numa casa de programa e comprar o preservativo na recepção por um real. Quando pedi a camisinha para a recepcionista falei que o caso era urgente. Sei dessa urgência. - ela respondeu - com um sorrisinho sarcástico.
E aí, resolvido o problema, prosseguimos o caminho, com o clima tendo esfriado um pouco, naturalmente pelo problema da camisinha. Mas, quando chegamos ao nosso ninho de amor, tratamos logo de reaquecer os amassos. Como a casa estava desocupada (e, portanto, sem móveis), não tivemos opção: o sexo rolou ali mesmo, no chão frio da varanda dos fundos da casa. E, para completar, numa escuridão quase total, que era parcialmente diminuída pelo luar, que saudava radiante a minha primeira vez.
Apesar da falta de experiência, foi muito especial. As preliminares deram o tom: fomos tirando a roupa um do outro bem devagar, com muito carinho e sensualidade. Quando ela colocou a camisinha em mim, soltou uma risadinha marota, como quem dissesse: que custo para conseguirmos, hein? Detalhe: não contei a ela que eu era virgem.
Valeu a pena. Não vou esquecer tão cedo os instantes de aventura e prazer de que desfrutei naquela noite. Foi divertido e nem um pouco traumático. Era o que eu esperava para a minha primeira vez.
By Bill por email
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