Não sei direito se sou lésbica. Tenho 26 anos, já tive vários amantes na vida, alguns deles maravilhosos. Gosto de homens másculos, do tipo peludo, estivador. E exatamente por isso, fica difícil levar a convivência, já que sou muito independente e detesto ter um dono mandando em mim. Enfim: já há alguns meses eu me sentia bem sozinha Poderia estar carente de sexo, vá lá; mas era dona do meu nariz.
Sou o tipo de mulher grande, atlética. Gosto de praticar esportes e adoro ver que as minhas coxas conseguem ser tão musculosas como a de muitos rapazes, na praia. Tenho 1m72, peso 69 quilos, tenho seios pequenos, mas de mamilos salientes, quadris largos, ombros mais largos que o normal. Como minha cintura é superfina, faço o gênero tanajura, e raro é o cara que passe por mim, na praia, e não arrisque uma olhada.
Sempre gostei de homem. E sempre gostei de ser independente. Por isto, andava sozinha. Há dois meses, comecei na academia um intensivo de natação. Por prazer, apenas, sem intenção de competir. A escola costuma juntar vários níveis de alunos, num mesmo horário. Minha touca era azul-marinho (nível experiente), em meio a toucas de iniciantes, cor-de-rosa ou brancas. Marina era uma das moças de idade próxima a minha, mas que ainda usavam touca branca. Era muito esforçada, mas não levava jeito para esportes. Tipo mignom, loirinha de longos cabelos crespos e pele muito branca, fazia um gênero de mulher em tudo distinto do meu.
No começo, ela me irritava. Tão mole para fazer exercícios, cansava-se à toa. Quando a professora não estava olhando, parava os exercícios ou diminuía o ritmo. O oposto de mim: empenho-me sempre, em toda ocasião.
Então nas primeiras semanas eu não ia com a cara dela e procurava mesmo ficar numa raia mais distante daquela molenga. Até o dia do aniversário da professora. Foi a própria Marina que descobriu a data, conchavou as colegas para arrumar o dinheiro do presente, acertou uma cantina para depois do horário da aula. Sempre gostei da professora, acabei dando dinheiro para o presente e aderindo à festa.
Éramos 12 garotas numa mesa grande de cantina. A professora estava super-feliz, tinha gostado do presente. Algumas garotas esperavam por seus namorados, haviam combinado com eles o encontro. Todas bebíamos chope depressa e conversávamos muito.
Senti a mão sobre a minha coxa. Virei para o lado. Era Marina. Ela sorria para mim, muito íntima. Seu hálito era quente e seus olhos brilhavam tanto.
- Está gostando da surpresa? Ela ficou tão feliz.
Falou, apontando para a professora. Gaguejei que sim, mas na verdade podia sentir a pressão em minha coxa como uma marca de ferro em brasa. Aparentemente, Marina tinha feito o gesto sem duplo sentido. Logo, afastou mais o corpo, foi conversar com outra pessoa.
Confesso que me senti muito incomodada com aquilo. Podia ser só casual; mas por que eu tinha esquentado tanto, com aquela intimidade? Era que tipo de atração, o que eu sentia?Nas outras noites de aula, comecei a me interessar mais por Marina. Chegava meia hora antes do horário, ela já estava lá. E algumas coincidências eram muito interessantes. Mesmo que uma de nós estivesse antes na academia, só nos trocávamos na mesma hora. Era eu começar a me despir, Marina também o fazia.
Eu estava enlouquecendo, ou Marina se despia de um jeito muito. Sensual?
Ao contrário de mim e de outras moças, Marina não vinha de casa com o maiô. Ela devagar tirava toda a roupa. Ainda de calcinha e sutiã, caminhava pelo vestiário prendendo os cabelos longos ou pedindo um favor aqui (Dá pra prender este grampo, por favor?) ou ali (Pode amarrar atrás do meu maiô?). Eram gestos naturais, mas por que ela sempre me procurava com os olhos, depois de ser tão natural?
Em várias ocasiões, quando ia finalmente tirar as peças íntimas e vestir o maiô, Marina o fazia de porta aberta do banheiro. E eu várias vezes pude vislumbrar seu ânus escuro, quando ela se agachava para vestir a peça. Ou via um pedaço de seio, antes dela erguer a alça.
Ela me provocava, esta a verdade. Mais do que eu poderia admitir para mim mesma: se eu sentia tesão por alguém neste período, era por ela. Pela moça loira e magrinha, por Marina.
A coisa explodiu num dia muito frio, em que a professora quis que fizéssemos aquecimento além do tempo normal. Dividiu a classe em duplas e claro! Quem foi minha parceria? Marina.
Algumas alunas haviam faltado, éramos apenas 4 duplas em torno da piscina. Muitos exercícios. Primeiro Marina segurou meus pés enquanto eu fazia inúmeras flexões. Eu as fiz rápida e competentemente. Depois, trocamos de lugar.
As colegas e a professora estavam longe. Quando Marina ajeitou o corpo e eu prendi seus pés, senti imediatamente meu rosto ficar vermelho, pegar fogo. Marina havia metido o maiô muito dentro do seu rego, os pentelhos fugiam da borda do maiô. A tira de pano protegia praticamente só o rego, assim oferecido, ali a poucos centímetros da minha cara.
E Marina fez o exercício de modo muito sensual. Virava mais do que devia o corpo, movia os quadris; num determinado momento, segurou em minha mão, tirou-a do seu tornozelo e me fez tocar os seus pentelhos.
Era demais. Era mais do que eu agüentava. Nadei o quanto pude, na aula e tentava não olhar para a sua raia, onde Marina nadava molemente. Como disse, éramos poucas alunas. Enquanto a turma do novo horário chegava e nossas colegas iam-se trocar, Marina puxou papo com a professora. Eu acabei meio largada por ali, dando tempo ao tempo. Vi quando, uma a uma, as garotas deixaram o vestiário. A nova turma já estava no aquecimento, e só aí Marina seguiu para se trocar.
Com o coração aos pulos, fui também para o vestiário. Vazio. Confesso que me senti decepcionada; depois daquela sessão de aquecimento, supus que Marina quisesse algo mais. Ela estava no chuveiro. Abriu a porta e fez um gesto, para que eu entrasse também no cubículo.
Ah, como seu corpo era belo e estava excitado! Ela arrancou meu maiô com vontade e logo esfregávamos nossos seios, bico de um no bico de outra. E sua mão se metia entre minhas dobras, titilando com vontade no clitóris. Eu beijava suas orelhas, esfregava as mãos na sua bunda, metendo com o dedo pelo seu buraco do ânus.
Depois que nos beijamos e alisamos com tanta vontade, Marina sentou no ladrilho. A água corria por nossos corpos; ela me fez sentar, encostar-me à parede e abriu minhas pernas. Ergui as coxas para cima, via a água escorrendo com força do chuveiro e depois. Depois fechei os olhos e só pude sentir. Sentir sua língua nervosa se esfregando no meu clitóris, metendo pelas minhas dobras, me fazendo gozar de um jeito que nunca senti antes, com homem nenhum.
Ao mesmo tempo, tinha medo que alguém entrasse no banheiro e temia que ela parasse antes de me fazer gozar. Marina completou o ato colocando dois dedos bem fundo dentro da minha vagina e me penetrou com mais competência que muitos machos.
Quando nos sentamos sob a água, ouvimos vozes. Rápida, Marina saiu do box, e começou a conversar com as garotas como se nada houvesse acontecido. Afinal, ela era mesmo um tanto desinibida, não era de se desconfiar de nada.
Eu é que fiquei ainda lá, sob a água, por longos minutos. Acalmando meu coração e tentando entender se, afinal de contas, era ou não lésbica. Quando saí, Marina não estava mais lá. Dentro de meu armário, descobri um bilhete com um coração desenhado e o número de um telefone.
Fiquei muito tempo em dúvida se deveria ou não ligar. Ou se era melhor esquecer. Por isso, acabei escrevendo esta carta, contando este caso para a revista. Estou me decidindo. Quando acabar, pretendo ligar para ela. E se eu for lésbica? Não sei se isto é assim tão importante. Sei que ela me atrai. E se é verdade que todas as formas de amor valem a pena, bem, acho que nada tenho a perder, em procurar por ela.
Conto erótico recebido por email – autora anônima
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