Quando voltei à minha cidade natal, Goiânia, perdi contato com Claudia. Espero que ela leia esta história e me procure, para matar as saudades. Nos conhecemos a três anos, no Rio de Janeiro, onde eu estudava. Na época, além de estudante de comunicação, era vocalista de um grupo de rock, Os Pau-Dentro, que acabou não dando certo. Sempre achei que deveria tentar a carreira solo. O problema é que estou ficando cada vez mais calvo e um produtor amigo quer que eu use uma peruca. Não sei não. Ainda prefiro fazer a linha guerrilheiro urbano, de boina e barba rala. Mas tergiverso, vamos à sacanagem, que é o que interessa.
Não entendi, a princípio, a bola que me dava a caloura mais cobiçada da faculdade. Era só eu entrar no Mosca (bar perto da faculdade) e pedir uma cerveja, que ela aparecia, riso aberto, toda simpática, insinuando-se. Um belo dia me convidou para passar o fim-de-semana na sua casa em Jaconé.
Quando a encontrei no terminal rodoviário da Praça Mauá, quase caí para trás. Usava uma camiseta fina, sem manga, que deixava os seios praticamente à mostra e um shortinho cavado entrando pela bunda. Uns cinco caras a comiam com os olhos, escancaradamente. Claudia saracoteava, mochila às costas, fingindo não ser com ela. Estava vendo à hora em que os caras a levariam para o banheiro do terminal e a estuprariam sem dó nem piedade. Antes disso, entramos no ônibus e escolhemos um dos últimos lugares.
Só não a comi ali mesmo porque fazia um belo dia de sol e um casal sentou-se no corredor ao nosso lado. Mas nos bolinamos à vontade. Eu sequer a tinha beijado antes e fui logo pegando nos seus peitos, irresistíveis. Sua mão amassou meu pau estourando por cima da calça. Foi quando tocou, no radinho do cara da poltrona da frente, aquela música do Odair José: Felicidade não existe/ O que existe na vida/ São momentos felizes.
Tivemos que dar um tempo na putaria porque chegamos à casa dela, onde já estavam seus pais. O paizão só gostava de ouvir ópera; a mãe, de cuidar da casa e de cozinhar. Tínhamos, portanto, todo tempo livre. Estranhamente, Claudia deu uma esfriada, preferindo curtir a praia de ondas encaixotantes. Eu tentava disfarçar de todas as formas o meu tesão, mas era difícil estar diante daquela gata, indo e vindo na minha frente, sem dar sinal de vida. Quando a situação ficava insuportável, caía na água, e voltava cheio de areia na cabeça e no calção.
Quando a noite chegou, já não suportava a situação. Para me controlar, subi ao segundo andar da casa, onde iria dormir. Deitei num colchonete e tentei me acalmar, pensando em outras coisas, a má fase do meu Botafogo, por exemplo. Ouvi a voz de Claudia, que subia a escada, me chamando para fazer um lanche. Não respondi. Continuei deitado, lá no breu, de vela acesa.
— Onde você está? Ela perguntou, com voz rouca.
— Aqui, gemi. Senti sua mão tocar minha perna:
— Te achei, afinal.
Num segundo, ela puxou meu calção e segurou na pica, passando a punhetá-la.
— Se você quer chupar, chupa logo, que não estou agüentando, sussurrei.
Quase morri de prazer quando seus lábios envolveram a cabeça do pau no início e, depois, pouco a pouco o engolindo por inteiro. Lambeu o saco e voltou a chupar, num ritmo mais veloz, que me fez explodir em jatos de gozo dentro de sua boca.
Quis deitá-la a meu lado, mas ela fugiu, correndo escada abaixo e limpando a boca. Mesma boca que encontrei, minutos depois, na mesa da cozinha, mordendo um sanduíche. Conversava naturalmente com os pais, como se nada tivesse acontecido.
Assim que acabamos de comer, ela sugeriu um passeio na praia, para ajudar a digestão. A alguns metros da casa, nos embrenhamos num terreno baldio. Ela tirou a roupa e deitou-se de pernas abertas, convidativa. As pedrinhas do chão deviam machucar suas costas, ainda mais quando me deitei por cima dela, metendo com fúria. Se os gritos chegavam aos ouvidos do paizão, não sei, mas dava para ouvir, ao longe, um trecho de Aída.
Aquilo me estimulou, inspirando estocadas cadenciadas. Com as pernas entrelaçadas nas minhas costas, deixava a bucetinha mais próxima, livre para o cacete. Ela mordia minhas orelhas cada vez mais forte, acompanhando o ritmo das enterradas. Pode parecer exagero, mas gozamos juntinhos, abraçados um no outro, suados, aos últimos acordes da ópera.
— Você é o máximo! Elogiou-me, com os olhos marejados.
Antes que alguém nos flagrasse estirados ali, fomos dar um mergulho relaxante. Nos beijamos com carinho e prometemos repetir a dose, o que de fato fizemos no dia seguinte. Ao som de Tristão e Isolda.
Conto erótico recebido por email – usuário anônimo
0 comentários:
Postar um comentário